A dengue tem sido um problema constante há muito tempo em nosso cotidiano. Graças ao clima tropical, a falta de higiene dos habitantes e a ausência de politicas públicas eficientes o mosquito transmissor da doença encontra uma facilidade muito grande para sua procriação, ficando assim mais perto de nós a cada dia. Dados estatísticos são divulgados todos os dias dizendo que cerca de 80 a 90% dos focos encontrados na zona urbana estão em residências cujos criadouros são propiciados pelos próprios moradores.
Escrevo esses dados porque essa semana, ao trabalhar como ACE me deparei com uma situação interessante, fui informado por um cidadão de bem de que precisaria de uma detetização preventiva contra mosquitos em um lugar público da cidade onde trabalho. Repassei o recado para minha chefia imediata e posteriormente à minha chefia geral, o que ocasionou uma certa polêmica , pois me informaram que a mesma não poderia ser feita uma vez que deveríamos controlar os focos e não os mosquitos adultos. Questionei o que seria feito com os mosquitos que foram gerados antes que o foco fosse encontrado ou mesmo com os mosquitos que ali depositaram seus ovos, haja vista que a detetização não poderia ser permitida. Não obtive resposta por parte dos nossos especialistas da área. O que tive foi uma aula de um rapaz que trabalha em nosso setor e que se diz educador sanitário sobre os mecanismos de resistência do mosquito ao inseticida, mecanismo esse que como biólogo conheço bem. Portanto quero deixar aqui no blog Biólogos de Plantão uma pesquisa e ao mesmo tempo um pedido de ajuda: Será mesmo que devemos atacar somente um estágio do mosquito para que haja o devido controle, digo controle e não erradicação do mosquito e por conseguinte o controle da dengue? Seria essa resposta desse senhor que mal tem a quarta serie procede? Aguardo a opinião valiosa de meus colegas biólogos mais experientes que eu.