sexta-feira, 23 de março de 2012

Agronomia em expansão


Agronomia ou engenharia agronômica é, dentro das ciências agrárias, um campo multidisciplinar que inclui sub-áreas aplicadas das ciências naturais (biológicas), exatas, sociais e econômicas que trabalham em conjunto visando aumentar compreensão da agricultura e melhorar a prática agrícola, por meios de técnicas e tecnologias, em favor de uma otimização da produção, do ponto de vista econômico, técnico, social e ambiental.[1]

No Brasil, a profissão de agronomia é regulamentada pelo Confea - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e fiscalizada pelos Conselhos Regionais, instalados em cada estado.

Área de atuação

A engenharia agronômica produz pesquisas e desenvolvem as técnicas que melhoram os resultados da agricultura como, por exemplo, manejo de irrigação, quantidade ótima de fertilizantes, maximização da produção em termos de quantidade, melhoria da qualidade do produto, seleção de variedades resistentes à seca, doenças e pragas, desenvolvimento de novos agrotóxicos, modelos de simulação de crescimento de colheita, técnicas de cultura de células in vitro. Elas estudam também a transformação de produtos primários em produtos finais de consumo como por exemplo a produção, preservação e embalagem de produtos lácteos e a prevenção e correção de efeitos adversos ao ambiente (e g., degradação do solo e da água), ou seja, estuda a interação do complexo homem, planta, animais, solo, clima, causa e efeito.

As pesquisas agronômicas, mais que as de outros campos, estão fortemente relacionadas ao local em que são realizadas. Fato semelhante ocorre com as técnicas derivadas dessas pesquisas.

Assim, esse campo pode ser considerado uma ciência de eco-regiões porque está ligado a características locais de solo e clima que nunca são exatamente iguais nos diferentes lugares geográficos. Os sistemas agrícolas de produção devem levar em conta características como clima, local, solo e variedades de plantas e animais de produção que precisam ser estudados a nível local. Outros sentem que é necessário entender os sistemas de produção de uma forma generalizada de maneira que o conhecimento obtido possa ser aplicado ao maior número de locais possíveis.

Os engenheiros Agrônomos atuam de forma eclética e integrada nas atividades rurais, como horticultura, zootecnia, engenharia rural, economia, sociologia e antropologia rurais, ecologia agrícola, etc.

Tecnologia

Atualmente, as ciências agrícolas são muito diferentes das de antes de 1950. A intensificação da agricultura que desde a década de 1960 vem sendo realizada por muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento é frequentemente denominada revolução verde.

Esta intensificação tem-se baseado na seleção genética de variedades de plantas e de animais capazes de alta produtividade e no uso de insumos artificiais como fertilizantes e produtos que visam aumentar a produção através do aumento da sanidade dos vegetais e animais utilizados. Por outro lado, o dano ambiental que esta intensificação da agricultura vem causando (associado ao dano que o desenvolvimento industrial e o crescimento populacional que essa intensificação permite) estão levando muitos cientistas a criar novas técnicas como o manejo integrado de doenças e de pestes, técnicas de tratamento de dejetos, técnicas de minimização de desperdício, arquitetura da paisagem.

Além disso, campos como os da biotecnologia e da ciência da computação (processamento e armazenagem de dados) estão tornando possível o progresso e o desenvolvimento de novos campos de pesquisa, como a engenharia genética e a agricultura de precisão.

Desta maneira, atualmente os pesquisadores que trabalham em ciências agrícolas e nas ciências a ela associadas equacionam o problema de alimentar a população do mundo ao mesmo tempo em que previnem a ocorrência de problemas de biossegurança que possam afetar a saúde humana e o ambiente. Este é o motivo pelo qual eles buscam promover um melhor manejo de recursos naturais e do respeito ao ambiente.

Os aspectos sociais, econômicos e ambientais são temas que estão em debate atualmente. Crises recentes, como a doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina) e o debate sobre o uso de organismos geneticamente modificados ilustram a complexidade e importância deste debate.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Agronomia

O agrônomo é o profissional que estuda, analisa e acompanha os processos produtivos, desde quando se planta a semente até o cálculo dos estoques de produtos. Esse profissional estuda as melhores maneiras de se preparar o solo, de combater as doenças e pragas e de armazenar a produção.

O mercado de trabalho proporciona boas condições ao agrônomo, devido à forte expansão da agropecuária no país. Visto que a maior parte dos produtos agrícolas é destinada ao comércio exterior, a busca pela qualidade desses produtos se torna algo essencial, sendo justamente uma das tarefas do agrônomo. As principais oportunidades se encontram na região Centro-Oeste, principalmente devido ao grande cultivo da soja.

O curso de agronomia dura, em média, 5 anos. Nos primeiros anos são ministradas disciplinas como biologia e estatística. Já nos anos finais são estudadas matérias específicas como hidrologia, manejo de pastagem, etc.

O salário desse profissional é em média de R$4.500, uma das profissões mais bem pagas.

http://vestibular.brasilescola.com/guia-de-profissoes/agronomia.htm


Alimentos nutracêuticos


Segundo o site http://www.br-business.com.br/port/nutraceuticos.htm
alimentos nutracêuticos ou funcionais, são aqueles que contêm em sua composição,
alguma substância biológicamente ativa, que, ao serem incluídos em alguma dieta, modulam processos metabólicos ou fisiólogicos, resultando em benefícios para a saúde.
Esses alimentos vão além de suas funções nutricionais básicas, pois, contribuem com a redução de risco das doenças crônico-degenerativas, ou mesmo prevenindo doenças como cânceres e outras.

Esses alimentos vão além de suas funções nutricionais básicas, pois, contribuem com a redução de risco das doenças crônico-degenerativas.

O termo alimento funcional foi primeiramente introduzido no Japão por volta de 1980. De acordo com a definição do International Life Science Institute, um alimento pode ser considerado funcional ao conseguir demonstrar satisfatoriamente que possui um efeito benéfico sobre uma ou várias funções específicas no organismo (além dos efeitos nutricionais habituais), que produz melhora no estado de saúde e bem estar ou reduz o risco de uma enfermidade.

A portaria nº 398, de 30/04/99, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Brasil diz que "é alimento funcional todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos, fisiológicos ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica" (ANVISA, 2001).

Esses alimentos, enriquecidos com vitaminas, sais minerais, ácidos, etc., são a nova tendência do mercado alimentício que começou nos anos 60, quando surgiram os primeiros estudos comprovando que a gordura e o açúcar faziam mal à saúde. Na década de 1980, produtos com baixo valor calórico e isentos de gordura começaram a ser comercializados com sucesso.

Em conseqüência da aceitação e necessidade dos funcionais, a indústria de alimentos passa por transformações, e as pesquisas apontam componentes como peixes, vegetais, frutas, fungos e cereais como as principais fontes fornecedoras para o processamento dos novos produtos. Deles são extraídos compostos, que transformam os alimentos em nutracêuticos, os quais possuem também a função farmacêutica, associada aos nutrientes essenciais e, portanto, moldando ou mediatizando funções biológicas.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Pequi

Nomes populares: pequi, piqui, grão-de-cavalo, amêndoa-de-espinho, piquiá-bravo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim, suari e piquiá.

Nome científico: Caryocar brasiliense Camb.

O pequizeiro é uma planta típica do Cerrado, que consiste num bioma de grande variedade de sistemas ecológicos, tipos de solo, clima, relevo e altitude, e com uma vegetação caracterizada por coberturas rasteiras, arbustos, árvores esparsas e tortuosas, de casca grossa, folhas largas e raízes profundas, formando desde paisagens campestres a florestas.

flor_de_pequi.jpg

Com uma vida útil estimada de aproximadamente 50 anos, o pequizeiro atinge até 10 m de altura. Sua fase reprodutiva inicia-se a partir do oitavo ano, com floração ocorrendo normalmente entre os meses de setembro a novembro.

A frutificação acontece de outubro a fevereiro, produzindo frutos por 20 a 40 dias em média, com produção variável podendo chegar a 1000 frutos por pé.

Calendário de Frutificação

calendario-frutificação-pequi

O fruto do pequizeiro apresenta gosto inconfundível tendo seu nome ligado às suas características botânicas, e etimologicamente ligado à língua tupi: py = casca e qui = espinho (Simões, 2005).

Contém normalmente entre 1 a 4 caroços, cientificamente chamados de putâmens. No Norte de Minas Gerais já foram encontrados frutos contendo até 7 caroços.

O caroço é composto por um endocarpo lenhoso com inúmeros espinhos, contendo internamente a semente, ou castanha, e envolto por uma polpa de coloração amarela intensa, carnosa e com alto teor de óleo.

Pequis no péPequi com caroçosAnatomia de um caroço de pequi

Características Físicas do Pequi
Parâmetros média
Peso por fruto (g) 76,41
Peso de caroço por fruto (g) 30,75
Peso de polpa por fruto (g) 7,41
Peso das sementes por fruto (g) 22,87
Diâmetro longitudinal (mm) 32,17
Diâmetro equatorial (mm) 41,16
Rendimento de polpa (%) 8,98
Rendimento de caroço (%) 28,81
Rendimento em casca (%) 61,66
Características Químicas da polpa do Pequi
Parâmetros Quantidade por porção de 100 g de polpa
Umidade (%) 50,61
Proteinas (%) 4,97
Gordura (%) 21,76
Cinza (%) 1,1
Fibra (%) 12,61
Carboidratos (%) 8,95
Calorias Kcal/100g 251,47
Cálcio (mg/100g) 0,1
Fósforo (mg/100g) 0,1
Sódio (mg/100g) 9,17
Vitamina C (mg/100g) 103,15

Fonte:
Relatório Institucional – Núcleo de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, 2003.

Uma das maiores virtudes do Cerrado brasileiro é a diversidade biológica deste bioma, representado por uma série de espécies vegetais que produzem frutos utilizados na alimentação humana, podendo-se destacar o pequi. Espécies medicinais e outras plantas úteis vêm sendo largamente utilizadas no cotidiano da população local, constituindo uma reserva farmacológica, nutricional e utilitária de riqueza inigualável para os povos das regiões ocupadas pelo Cerrado (Simões, 2005).

Assim como numerosos e exuberantes estames em sua flor, múltiplos são as formas de uso e significado do pequi para esses povos.

Elemento de base da cultura alimentar de várias regiões brasileiras, o fruto do pequi, compõe receitas tradicionais, como o Arroz com Pequi, Galinhada, alguns doces, licores, sorvetes, caracterizando fortemente, junto a outras especiarias, o bouquet de sabores das culinárias regionais aonde ele se encontra.

Popularmente, seu uso fitoterápico é apontado em diversos tratamentos, pelo uso do seu óleo, flores e folhas.

Extrativismo

Ao associar a coleta do pequi a uma atividade produtiva em cadeia, com expansão do consumo além do uso próprio ou familiar, origina-se também um problema de desequilíbrio ecológico, principalmente relacionado ao ciclo de reprodução do pequizeiro e dos ecossistemas circunvizinhos à planta e à área de coleta.

O pequizeiro, gera seus frutos – e conseqüentemente suas sementes – em número suficiente e necessário para que suas características genéticas sejam prospectadas naturalmente em seu meio, e aonde mais essas sementes alcançarem.

A coleta indiscriminada dos frutos, sem controle da quantidade coletada, ou da forma como isso é feito, afeta diretamente a produtividade e a diversidade natural da população de pequizeiros presentes numa certa região, além de prejudicar a relação destas árvores com insetos, animais maiores, plantas, e outras formas de vida que com as quais elas interagem diretamente, causando um desequilíbrio ambiental em maior escala.

Algumas recomendações de boas práticas de coleta do pequi são:

  • Não derrubar o fruto da árvore, muito menos utilizar varas ou qualquer outro instrumento para isso;
  • Coletar somente os frutos caídos naturalmente. Estes, sim, estão no ponto de consumo;
  • Não devastar a cobertura vegetal debaixo e ao redor da planta; existem outros seres em convivência natural com ela, que dependem dessa cobertura;
  • Coletar frutos sadios, e deixar os frutos rachados ou abertos como reserva natural, para reprodução da planta e alimentação animal; se houver somente frutos sadios, deixe assim mesmo uma certa quantidade de reserva. A recompensa futura será muito maior;
  • Somente leve os frutos. Não deixe nada que não pertença ao ambiente, como sacos plásticos não utilizados e outros tipos de lixo.

USO E APROVEITAMENTO AGROINDUSTRIAL DO PEQUI

Não obstante os problemas causados pelo extrativismo descontrolado, o avanço da fronteira agrícola no Cerrado, sob a forma de expansão de grandes lavouras monoculturais, como a soja, e a instalação, sobretudo no cerrado mineiro e baiano, de fazendas de reflorestamento de eucalipto, têm sido, numa escala escandalosamente maior, as principais ameaças ao estoque natural do pequizeiro e a toda a biodiversidade do bioma, sua água, seu solo e os povos que dele sobrevivem.

O aproveitamento do pequi sob a forma de seu processamento agroindustrial tem aberto perspectivas cada vez mais amplas e promissoras de atividade e agregação de renda por parte de agricultores familiares e extrativistas em regiões distintas do cerrado brasileiro, num esforço contínuo de preservação ambiental associado ao uso racional dos recursos naturais, espelhando as lutas contra os efeitos degradantes citados anteriormente.

Organizados por meio de associações, cooperativas e microempresas, eles têm buscado, com o apoio de organizações civis e de governos, aprimorar estruturas de produção, tecnologias e processos de beneficiamento, com um perfil mais apropriado à sua escala de investimentos, disponibilidade de matéria-prima e outros recursos naturais, e com foco na sustentabilidade ambiental.

Dentre processos tradicionais e novas tecnologias e produtos que se encontram em desenvolvimento no país, a tabela a seguir apresenta alguns usos e aproveitamentos possíveis que se podem dar ao pequi:

aproveitamento_pequi

quinta-feira, 15 de março de 2012

Batalha Mortal entre nosso corpo e o câncer

O site do Yahoo divulgou, através de um vídeo postado no you tube, a reação imunológica de nosso corpo tentando combater uma célula cancerígena. Embora esteja em Inglês, o video é emocionante. Segue em anexo um trecho da reportagem explicativa.

Por O Globo (ciencia.online@oglobo.com.br) | Agência O Globo – 22 horas atrás

Um vídeo da série "Sob o Microscópio", da Universidade de Cambridge, revela uma batalha até a morte entre uma célula branca do sangue (do sistema imunológico) e uma célula cancerígena. A célula T (verde), que tem apenas 10 mícrons de comprimento, identifica e envolve sua vítima lentamente (o filme foi acelerado - a ação é 92 vezes mais rápida que o tempo real).

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O vídeo foi feito pelo doutorando Alex Ritter, no laboratório de imunologia do professor Gillian Griffiths, informa material publicado no site "The Atlantic". Em sua página no Youtube, Griffiths explica por que este processo é essencial para a pesquisa do câncer:

"Células do sistema imunológico protegem o corpo contra patógenos. Se as células em nossos corpos são infectadas por vírus, ou se tornam cancerígenas, então células assassinas do sistema imunológico identificam e destroem as células afetadas. Células T citotóxicas são assassinas muito precisas e eficientes. Elas são capazes de destruir células infectadas ou cancerígenas, sem destruir células saudáveis em seu entorno. Nosso laboratório estuda como isto acontece. Ao entender como isso funciona, podemos desenvolver formas de controlar células assassinas. Isso nos permitirá descobrir como melhorar as terapias do câncer".

http://br.noticias.yahoo.com/v%C3%ADdeo-mostra-batalha-mortal-corpo-c%C3%A2ncer-135452997.html

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jgJKaP0Sj5U


O fatástico mundo dos peixes





Os peixes se divendem em duas grandes clases:

Osteichthyes ou peixes ósseos, também considerado peixes com todos os animais com tecido ósseo endocôndrico e com dentes implantados nas maxilas. O significado da palavra Osteichthyes é de origem grega que siginifica (do grego osteos = osso, e ichthyos = peixe).

Este clado inclui os táxons:


São osteíctios da ordem teléosteos a maioria dos peixes conhecidos: pescada, bagre, sardinha, carpa, corvina, piranha, truta, cavalo-marinho, pirambóia, poraquê (peixe-elétrico), enguia e vários outros exemplos. As características comuns a todos os peixes ósseos, com aproximadamente 21.000 espécies atuais, são:

Cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado principalmente por tecido ósseo. São pecilotérmicos.

Aquáticos e respiração por brânquias, que estão protegidas pelo opérculo (placa articulada e flexível). Nos peixes dipnóicos, a membrana da bexiga natatória é vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior e o sangue. Esses "peixes pulmonados" podem resistir a longos períodos de seca, quando permanecem entocados em buracos no fundo lamacento dos rios. A pirambóia, encontrada no Brasil, é um exemplo de peixe dipnóico.

A boca fica localizada anteriormente. Cecos pilóricos do estômago produzem enzimas digestivas, melhorando a capacidade digestória. A nadadeira caudal é homocerca ou dificerca.

A bexiga natatória é um órgão hidrostático (regula a densidade do peixe).Em algumas espécies a bexiga natatória não está ligada ao tubo digestivo (peixes fisoclistos). Quando a bexiga natatória está ligada ao tubo digestivo os peixes são do tipo fisóstomos.

As escamas são de origem dérmica e dos tipos ciclóide e ctenóide.

A forma do corpo em geral é hidrodinâmica, contendo glândulas que secretam muco na pele, facilitando a locomoção no meio aquático.

São dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é sexuada e em geral com fecundação externa. Nas espécies de fecundação interna a nadadeira caudal modificada atua como órgão de cópula. A maioria é ovípara. Há porém, espécies vivíparas. Possuem apenas o anexo saco vitelino. A forma jovem (larval) é o alevino. Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto é, sobem os rios na época da reprodução (= anádromos).

Sistema Nervoso dos Osteíctes

No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta).

O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal. Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal.

O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos.

O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos.

O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno.

Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.

Fonte: www.pucrs.br

Os peixes ósseos são o grupo mais vasto (correspondem a 9 em cada 10 espécies) e diverso de peixes actuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC). Esta é a classe mais recente do ponto de vista filogenético, bem como a considerada mais evoluída. A taxonomia dentro desta classe tem sido frequentemente alterada, devido à descoberta de novas espécies, bem como de novas relações entre as já conhecidas.

Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento mas existem formas reduzidas (certos gobies apenas têm 10 mm de comprimento) e gigantescas (espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900 Kg de peso).

Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude, zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em oxigénio, etc. Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar.

Caracterização da classe

As suas características principais são:

Forma do corpo

Corpo é fusiforme, mais alto que largo, de corte oval o que facilita a deslocação através da água. A cabeça estende-se da ponta do focinho á abertura do opérculo, o tronco daí ao reto, para trás do qual se tem a cauda. O corpo apresenta uma forte musculatura segmentar - miómeros -, separados por delicados septos conjuntivos;

Esqueleto ósseo

O esqueleto é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam apresentar ossos cartilagíneos (esturjão, por exemplo), com numerosas vértebras distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços intervertebrais.

O esqueleto apresenta 3 partes principais:

  • coluna vertebral
  • crânio
  • raios das barbatanas

Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica, ligando-se essas barbatanas por meio de tendões, sem ligação á coluna vertebral). Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas. O crânio é articulado com as maxilas e mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos branquiais. A articulação do crânio com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não podem virar a cabeça.

A cauda é geralmente homocerca

Escamas mesodérmicas

A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção facilita o deslizar através da água e protege contra infecções, e escamas no tronco e cauda, de várias formas mas sempre de origem dérmica. Algumas espécies não apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte.

As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças. Em algumas espécies, esta camada de pele ajuda a manter a humidade quando o animal está emerso.

Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em cada espécie, esta é uma importante característica sistemática desta classe;

Barbatanas pares e impares

Barbatanas são sustentadas por raios ósseos ou por vezes cartilagíneos. As barbatanas impares são duas dorsais e uma retal, bem como a caudal simétrica. A forma da barbatana caudal altera a forma de deslocação do animal: barbatanas arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes velocidades. A barbatana dorsal tem suporte esquelético e varia grandemente de forma, de acordo com os hábitos do animal. As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do opérculo, e as pélvicas. Cada barbatana tem o seu próprio conjunto de músculos, o que permite um movimento independente, aumentando a capacidade de manobra. Ao contrário dos peixes cartilagíneos, e devido à presença de bexiga natatória, os peixes ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas para manobrar na água;

Sistema nervoso

Encéfalo distinto e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente:

Olhos

Grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objectos próximos mas que percebem facilmente movimentos distantes, incluindo acima da superfície da água. A retina contém cones e bastonetes, o que permite visão a cores na maioria dos casos;

Ouvidos

Com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores), permitem uma audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja esfregando partes do corpo entre si, seja com a bexiga natatória;

Narinas

Localizadas na parte dorsal do focinho, comunicam com uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água;

Anatomia externa de um peixe teleósteo
Anatomia externa de um peixe teleósteo
( clique para ampliar )

Linha lateral

Localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se encontram mecanorreceptores. A eficácia deste sistema para detectar movimentos e vibrações por ele causadas na água permite a formação de cardumes, fundamental como estratégia de defesa destes animais;

Sistema digestivo

A boca grande é terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas, onde estão implantados dentes cónicos e finos.

Existem outros dentes, localizados nos primeiros arcos branquiais, úteis para prender e triturar o alimento.

Na boca existe uma pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos respiratórios;

Sistema circulatório

Coração com duas cavidades (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso. O sangue é pálido e escasso, quando comparado com um vertebrado terrestre;

Sistema respiratório

Tipicamente com brânquias em forma de pente sustentadas por arcos branquiais sseos ou cartilagíneos, no interior de câmara comum de cada lado da faringe, coberta por um opérculo, fino e margens livres abaixo e atrás.

Os arcos branquiais apresentam expansões que protegem os filamentos branquiais de partículas duras e evitam a passagem de alimento pelas fendas branquiais.

Nas branquias existe um mecanismo de contracorrente entre a água e o sangue que as irriga, aumentando a eficiência das trocas gasosas.

Geralmente existe bexiga natatória, um grande saco de paredes finas e irrigadas derivado da zona anterior do intestino, que ocupa a zona dorsal da cavidade do corpo. Esta cavidade está preenchida com gases (O2, N2, CO2), actuando como um órgão hidrostático, ajustando o peso do corpo do peixe consoante a profundidade. O ajuste faz-se por secreção ou absorção dos gases para o sangue. A capacidade da bexiga natatório é superior nos peixes de água doce pois esta é menos densa que a salgada, não podendo sustentar o peixe com a mesma facilidade. A bexiga natatória pode ajudar na respiração (peixes pulmonados) ou como caixa de ressonância de órgãos dos sentidos ou produção de sons;

Sistema excretor

  • Rins mesonéfricos
  • Ectotérmicos

Reprodução

Sexos separados, gónadas geralmente pares, grande maioria ovíparos com fecundação externa, embora existam espécies com fecundação interna e hermafroditas. Algumas espécies passam por mudanças de sexo, machos passam a fêmeas aumentando de tamanho e as fêmeas tornam-se dominantes nos cardumes ao passarem a machos.

Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com quantidade de vitelo muito variável. As espécies de mar alto produzem enormes quantidades de ovos, pois a maioria não sobrevive, que passam a fazer parte do plâncton, enquanto espécies costeiras os colocam entre detritos e folhas ou no fundo.

Algumas espécies cuidam dos ovos e/ou dos juvenis, guardando os ninhos e mantendo-os oxigenados com jorros de água. Outros incubam os ovos na boca ou permitem que os jovens lá se recolham quando ameaçados.

Várias espécies migram grandes distâncias (tanto de água salgada para doce, como algumas espécies de salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar.

Cardume de Peixes
Cardume de Peixes

Os peixes ósseos são os únicos que formam cardumes, por vezes com dezenas de milhar de indivíduos. Nos cardumes os peixes deslocam-se sincronizadamente, como se fossem um só. Cada peixe segue paralelamente ao seu vizinho, a uma distância de cerce de um comprimento do corpo e mantém a sua posição devido à acção da visão, audição e linha lateral. A cor prateada da maioria dos peixes que fazem cardumes é fundamental pois ajuda a detectar os movimentos uns dos outros (uma pequena mudança de direcção produz uma grande diferença a nível da luz reflectida).

Num cardume os peixes estão mais seguros pois há mais sentidos atentos a um potencial predador e torna-se mais difícil escolher a presa no meio de tantos corpos em movimento. A vida em grupo também ajuda a encontrar alimento e parceiros sexuais.

Espécies ameaçadas parece pequena, quando comparada com outros grupos de vertebrados, mas tende a aumentar à medida que estudos mais cuidados são realizados e que o aquecimento da água do mar se intensifica.

Os peixes, principalmente os peixes ósseos, têm sido um aparentemente inesgotável armazém de alimentos para a espécie humana. A pesca tem vindo a intensificar-se ao longo dos anos, numa tentativa de compensar a demanda de peixe para a alimentação humana e animal (para o fabrico de farinha de peixe, usada em rações de engorda).

Assim, a pesca tradicional deixou de satisfazer e surgiu a pesca intensiva com redes flutuantes e de arrasto no fundo, pois as águas superficiais começaram a ser esgotadas. Estas redes, além de serem por vezes abandonadas em alto mar, onde permanecem décadas, aprisionando todo o tipo de animais que acaba por morrer, causam enormes danos ao fundo do mar. As bolas que são usadas para fazer peso na rede podem pesar até 10 Kg, ajudando a arrancar tudo o que está no fundo, seja rocha ou coral. A pesca de arrasto recolhe indiscriminadamente todos os animais que encontra, a maioria dos quais são depois rejeitados, pois não pertencem à espécie pretendida, e atirados ao mar (mas já mortos), mesmo que sejam comestíveis.

A largura das malhas de pesca tem sido outra batalha que tem sido difícil de vencer na luta pela conservação da diversidade nos oceanos, pois os armadores recusam quase sempre usar malha de maior diâmetro, que permitiria aos juvenis escapar à captura e permitiria a manutenção e recuperação dos stocks pesqueiros. Mesmo quando legislação nesse sentido é aprovada, como na União Europeia, raramente é cumprida ou são punidos os infractores.

Quando mesmo estes métodos são insuficientes ou em locais pobres, está a tornar-se comum a utilização de dinamite ou cianeto para capturar grandes quantidades de peixe, principalmente em zonas baixas, como recifes de coral. A devastação causada já arrasou mais de 80% dessas zonas no sudeste asiático.

sca excessiva, a poluição de rios e mares, são apenas algumas das causas deste problema, que parece apresentar uma solução complicada, sob a pressão da industria pesqueira e à falta de informação dos pescadores.

Peixe morto
Peixe morto devido á poluição de um rio

Fonte: curlygirl.naturlink.pt

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/classe-osteichthyes/classe-osteichthyes-1.php

A outra classe, chamada de Chondrichthyes é composta pelos peixes cartilagenosos e tem como principais representantes as Ráias, os tubarões e quimeras. Possuem pele rija e revestida de escamas placóides; boca ventral com dentes cobertos de esmaltes e 2 ou uma narinas não comunicadas com a cavidade bucal.

São os primeiros registros fósseis de Gnathostomata com características semelhantes aos Ostracodermi por possuírem placas ósseas no corpo. Muitos registros em água doce e com as facilidades que adquiriram de locomoção encontraram-se registros marinhos. As placas ósseas servem principalmente como depósito de cálcio metabolizado.

Os Placodermi eram animais grandes e pesados apresentando mandíbulas e maxilas, placas ósseas, nadadeiras pares, manutenção da notocorda, formação inicial das estruturas internas sejam elas cartilaginosas ou ósseas (com objetivo de formar o endoesqueleto) e a presença de uma estrutura existente nos peixes até os dias atuais, a bexiga natatória.

O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo.

Sistema Nervoso dos Condríctes

No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta).

O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal.

Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal. O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos. O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos.

O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno. Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.

Fonte: www.pucrs.br

Classe Chondrichthyes

Os peixes formam o grupo de vertebrados mais numeroso e mais diversificado, superando a cifra de 40.000 espécies viventes sendo divididos em Agnatha, Chondrichthyes (tubarões e raias) e Ostheichthyes (peixes ósseos).

Os peixes apresentam tamanhos e formas variados, a maioria das espécies são marinhas, embora existam muitas de água doce e ainda, toleram grandes variações de temperatura, sendo que algumas espécies podem sobreviver em fontes termais de 42° C enquanto outras podem viver em ambientes com temperaturas próximas a do congelamento.

Os primeiros peixes, representados pelos já extintos ostracodermos e os peixes Agnatha (sem mandíbulas) surgiram, provavelmente no Cambriano.

Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes, surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente.

Sendo assim, os tubarões e formas similares apareceram no planeta Terra na Era Paleozóica, Período Devoniano, cerca de 408 milhões de anos atrás. Neste ambiente aquático os peixes, dentre eles os cações, experimentaram uma grande variedade de formas.

Ao longo de sua existência, esses seres sofreram especializações evolutivas, adquirindo vários hábitos de vida, ocupando, igualmente, diversos habitats. Uma coisa, porém, ocorreu - mantiveram a tipologia de seus ancestrais, por isso são considerados, por alguns, como animais primitivos, desprezando-se todos os avanços conseguidos em milhões de anos, especificamente com relação aos sentidos e estratégias reprodutivas.

O nome Chondrichthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. São os tubarões, as quimeras e as raias.

CARACTERÍSTICAS

Grandes (média de 2 m)

Corpo fusiforme ou deprimido dorsoventralmente

Nadadeira caudal heterocerca (dificerca em quimeras)

Nadadeiras peitorais e pélvicas pareadas

2 Nadadeiras dorsais medianas

Nadadeiras pélvicas transformadas em Clásperes

Boca ventral, 2 bolsas olfatórias

Pele com escamas placóides ou nuas em elasmobrânquios e nua em quimeras

Dentes de escamas placóides substituídos em série. Dentes em plavas trituradoras em quimeras

Endoesqueleto cartilaginoso (notocorda persistente mas reduzida)

Crânios sem suturas

Sistema muscular

Blocos de músculos em miômeros, que permitem as ondulações, principalmente na cauda, desenvolvendo a natação. Há músculos que se especializam para o funcionamento de outros órgãos dos corpo, tais como os que movimentam as nadadeiras e promovem a locomoção.

Sistema digestívo

A boca é ventral com várias fileiras de dentes laminares e pontiagudos, que são substituídos frequentemente. Esses dentes são, muitas vezes, transformações das escamas placóides. A línguas espessa é presa ao assoalho bucal. Segue-se a faringe com 5 a 7 pares de fendas branquiais. O esôfago curto conduz o alimento ao estômago que apresenta a forma de letra J . O intestino é curto, mas para compensar, possui internamente as válvulas espirais ou tiflossolis para remover o excesso de sais. A terminação do intestino é a cloaca.

Há glândulas como o pâncreas e um enorme fígado bilobado com vesícula biliar, não tem glândulas salivares.

Fileiras de dentes laminares e pontiados frequentemente substituídos

Estômago em forma de J e Fígado grande preenchido com óleo para auxiliar a flutuação

Sistema sanguíneo

O sangue possui hemácias grandes, ovais e nucleadas. O coração é envolvido pelo pericárdio e tem forma de letra S.

Apresenta 4 cavidades: seio venoso de paredes finas, um átrio ou aurícula, um ventrículo e um cone ou bulbo arterial de onde sai a aorta ventral. Circulação fechada.

Coração com 4 câmaras:

Seio venoso

Átrio

Ventrículo

Cone arterial

Respiração

É branquial. Possuem 5 a 7 pares de branquias localizadas em câmaras separadas, com fendas que se abrem para o exterior. Não há opérculo para proteger as brânquias.

Tem um par de orifícios: os espiráculos. A água entra pela boca, banha as brânquias e sai pelas fendas e espiráculos. Quando o animal se encontra em grandes profundidades, a água entra pelo espiráculo.

5 a 7 pares de brânquias conduzindo a fendas branquiais expostas em elasmobrânquios

4 pares de brânquias cobertas em quimeras

Sem pulmões ou bexiga natatória

Sistema excretor

No embrião existem rins pronefro e no adulto mesonefro . Os excretos nitrogenados são uréia e amônia. A urina possui poucos sais devido a pouca capacidade dos rins em torná-la concentrada. Eles armazenam no sangue sais, uréia e trimetil-amina para equilibrar a pressão osmótica com a água do mar.

Rim opistonéfrico

Sangue isosmótico ou ligeiramente hiperosmótico

Alta concentração de uréia no sangue

Sistema nervoso

Encéfalo com 2 hemisférios cerebrais, 2 lobos olfatórios, 2 lobos ópticos

10 pares de nervos cranianos

3 pares de canais semicirculares

Na faringe há botões gustativos. O olfato e a visão são muito desenvolvidos. Existe apenas o ouvido interno com função de equilíbrio. Em cada lado do corpo, desde o tronco até a cauda, existe uma linha para a percepção da correnteza e pressão da água. Na cabeça encontram-se as ampolas de Lorenzini, funcionam como termorreceptores e também como eletrorreceptores. São pequenas câmaras contendo células sensitivas ligadas a fibras nervosas. Estão ligados a um pequeno canal que se abre para o exterior através de poros.

Existe órgãos elétricos nas raias.

Sentidos: olfato, recepção de vibrações (linha lateral), visão e eletrorecepção, ouvido interno abre-se para o exterior

Sistema reprodutor

Dióicos

Gônadas pares

Ductos reprodutores abrem-se na cloaca (abertura urogenital e retal separadas em quimeras)

Podem ser: ovíparos, ovovivíparos ou vivíparos

Desenvolvimento direto

Fecundação interna

Sistemática

Filo Chordata

Animais com notocorda em algum estágio da vida

Subfilo vertebrata

Animais craniados com vértebras

Classe Chondrichthyes

Peixes cartilaginosos

Cerca de 850 espécies

Apenas 28 espécies são de água doce

Subclasse Elasmobranchii

Tubarões e Raias

Ordem Squaliformes e outras: Tubarões

Ordem Rajiformes: Raias

Subclasse Holocephali

Quimeras

Ordem Chimaeriformes: Quimeras

CLASSE CHONDRICHTHYES

Grupo antigo altamente desenvolvido, apresentam uma incrível combinação de órgãos dos sentidos bem desenvolvidos, maxilas poderosas, musculatura muito forte para natação e hábitos predadores que lhes garantem um lugar seguro e duradouro na comunidade aquática.

São os maiores vertebrados atuais (excetuando-se as baleias). Podem alcançar até 12 m de comprimento, mas em média apresentam 2m.

SubClasse Elasmobranchii (Tubarões e Arraias)

9 ordens

815 espécies

Dominam as águas costeiras

TUBARÕES

Corpo fusiforme com rostro pontudo. Narinas pares anteriores a boca. Olhos laterais sem pálpebras.

Cinco fendas branquiais anteriores a cada nadadeira peitoral. Nadadeiras dorsais com espinho.

Nadadeira pélvica modificada nos machos em Clasper (para a cópula). Cauda heterocerca. Pele coriácea com escamas placóides semelhantes a dentes (reduzir a turbulência das águas)

Predação

Localizam as presas inicialmente (1 Km ou mais) através de seus órgãos olfatórios (localizam partículas em uma concentraçào de uma parte por 10 bilhões)

Localizam também por percepção de vibraçòes de baixa frequência com mecano receptores na linha lateral. (órgãos receptores especiais: neuromastos)

Em menores distância utiliza a sua visão (excelente visão)

Estágio final do ataque: Campo bioelétrico que circunda os animais () Ampolas de Lorenzini), localizados na cabeça.

Podem localizar animais enterrados por eletrorecepção.

Seus maxilares apresentam fileiras de dentes triangulares afiados. A fileira anterior é funcional, e é seguida posteriormente por fileiras de dentes em desenvolvimento.

Ambiente marinho (Soluções para a fisiológia osmótica)

Para evitar que a água seja osmóticamente retirada do corpo eles retém compostos nitrogenados (uréia e óxido trimetilamina) no sangue. Estes elevam a concentração de solutos sanguíneos de maneira a exceder ligeiramente a concentração marinha

Declínio das espécies

A pesca mundial de tubarões exerce uma pressão muito grande nas populações, devido ao alto preço de suas nadadeiras usadas na sopa de nadadeiras de tubarão (prato oriental fino vendido a 50 dólares a porção).

Populações costeiras sofreram um decl’;inio tão grande que os EUA estão prestes a tornar ilegal o corte das nadadeiras. Mesmo nas Reserva Marinha das Ilhas de Galápagos dezenas de milhares de tubarões foram mortos ilegalmente para o comércio asiático de nadadeiras. Contribuindo com este fator para o declínio das espécies está a baixa fecundidade e o longo período até que os tubarões atinjam a maturidade, algumas espécies levam até 35 anos.

RAIAS

Raias bentônicas, raias elétricas, Peixes-serra, Raias de Agulhão, Raias-ticonha e Jamantas

Apresentam, como uma adaptação à vida bentônica, um achatamento dorso-ventral e nadadeiras peitorais bem desenvolvidas, achatadas e fundidas à cabeça (utilizadas como asas na natação). As aberturas branquiais ficam no lado inferior da cabeça, mas os espiráculos estão no topo.

Apresentam dentes adaptados para triturar as presas: moluscos, crustáceos e pequenos peixes.

Raias com ferrão possuem uma cauda delgada em forma de chicote que apresenta um ou mais espinhos serrilhados com glândulas de veneno em sua base.

Ferimentos feitos com estes são extremamente dolorosos e levam muito tempo para cicatrizar.

Raias elétricas são lentas e com grandes órgãos elétricos em cada lado de cabeç. A voltagem produzida é relativamente baixa (50 volts), mas a saída da força pode chegar a 1 quilowatt (suficiente para paralisar presas ou assustar predadores)

SubClasse Holocephali (Quimeras ou peixes-rato, peixe-coelho ou peixe-fantasma)

31 espécies

Em vez de uma boca com dentes, suas maxilas apresentam placas achatadas. A maxila é superior é fundida ao crânio. Alimenta-se de algas, moluscos, equinodermes, crustáceos e peixes.

Fonte: www.fag.edu.br

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/condricties/condricties.php

domingo, 11 de março de 2012

Serra da Canastra





Pessoal, aconselho a todos os bíólogos, profissionais da área ambiental, naturalistas e simpatizantes da natureza a passearem pelo parque nacional Serra da Canastra. É um ambiente natural sensacional que empolga a qualquer ser humano com um pouco de simpatia pelos bens naturais que Deus nos deu.
Divulguem essa idéia. É um local de imensa beleza natural onde se encontra a nascente do rio São Francisco, a cachoeira Casca D'anta entre outras belezas naturais que te transportam para um novo mundo, um mundo a parte, um pedaço de paraíso na terra. Olhem para as fotos e deixem que ela fale por sí só.