sexta-feira, 20 de abril de 2012

Importância do Idioma Inglês no dia a dia

A cada dia o idioma Inglês se faz necessário no mundo globalizado a qual estamos. Seja no meio cientifico ou no dia a dia a opção por dominar esse idioma é cada vez maior. Revistas e artigos científicos de várias áreas são publicados em inglês  por todo o globo e lidos por cientistas de todo o mundo. Veja só o que diz o site http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Importancia-Da-Lingua-Inglesa/2126.html.

A Importancia Da Lingua Inglesa

A Importancia Da Lingua Inglesa

A importância da lingua inglesa nos dias atuais
A língua inglesa é IMPRESCINDÍVEL nos dias atuais, pois a globalização faz com que se torne algo FUNDAMENTAL. O Inglês é a língua internacional, a língua dos estudos, das viagens, dos negócios, enfim, a língua da COMUNICAÇÃO com todo o MUNDO.
Todos os dias nós convivemos com uma série de palavras em inglês, daí percebemos a IMPORTÂNCIA e a INFLUÊNCIA que exerce sobre a nossa cultura. Veja abaixo alguns exemplos de palavras em Inglês que usamos em nosso cotidiano:

jeans, shopping center, pet shop, lan house, pit stop, pen drive, notebook, laptop, palmtop, internet, web site, windows, word, download, big, delivery, baby, stress, look, fast food, fashion, e-mail, messenger, outdoor, hot dog, milkshake, light, hamburger, drink, happy hour, diet, light, fitness, crazy, show, rock, design.
No MERCADO DE TRABALHO, o Inglês virou atributo ESSENCIAL para a conquista da maioria das vagas de nível universitário. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer: “Perdi a oportunidade, pois não sei Inglês”. Pois é, mesmo que o candidato não vá utilizar o Inglês ou vá utilizar muito pouco em seu novo emprego, somente o fato de saber Inglês, já é um diferencial em seu currículo. Pesquisas salariais revelam que o salário de uma pessoa que tem um segundo idioma é de 30% a mais em relação ao salário de outra que tenha apenas um idioma.
Com a GLOBALIZAÇÃO, muitos brasileiros têm ido ao exterior para estudos, negócios e férias. Da mesma forma muitos estrangeiros também têm vindo para o Brasil com as mesmas finalidades. Nestas horas qual a língua mais comum que utilizamos para comunicar-nos com os estrangeiros? O INGLÊS.

Sendo assim, ou você domina o Inglês ou o resto do mundo engole você

Origem da vida

A origem da vida contada pelo site http://www.professorjarbasbio.com.br/vida.htm é muito interessante. Vejam só.



A origem da vida

O homem vem ao longo do tempo tentando desvendar, o que seria provavelmente o maior acontecimento de todos os tempos. A sua própria origem. Há mais de 2000 anos, Aristóteles (filósofo grego) acreditava que os seres vivos surgiam a partir da matéria bruta do meio, era a chamada geração espontânea ou abiogênese.
Vários pensadores reforçavam esta idéia, que perdurou até a metade do século XIX.

Abiogênese X Biogênese
No século XVII, começaram a surgir sábios com novas idéias, que não aceitavam a abiogênese, utilizando métodos científicos, para desmascará-la.
Na Itália, Francesco Redi (1626 -1698) demonstrou que as larvas de moscas que se desenvolvem em carne em putrefação ou no interior de frutos surgem a partir de ovos ali depositados anteriormente por outras moscas.
Um século após a experiência de Redi, a discussão ainda continuava.
Somente na metade do século XIX, que a abiogênese sofreu seu golpe final, quando um cientista francês, Louis Pasteur (1822 – 1895), preparou um caldo de carne, que é um excelente meio de cultura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento bruscos. Hoje, conhecida como “pasteurização”.
Em seguida, o caldo de carne era conservado no interior de um balão “pescoço de cisne”.
Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Desta maneira nenhum micróbio conseguiria chegar até o caldo de carne.

Como surgiu o primeiro ser vivo?
Com o fim da abiogênese, ficou evidente que “todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo”. Logo, surgiu à pergunta: COMO SURGIU O PRIMEIRO SER VIVO ?
Muitas hipóteses foram formuladas. Somente em 1930, finalmente, apareceu uma nova hipótese, criada por Aleksandr Ivanovitch Oparin, lançada integralmente no livro A origem da vida.


A Terra primitiva e a Teoria de Oparin
A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos, a vida teria surgido à cerca de 1,5 bilhão de anos.
Na atmosfera primitiva da Terra, existiriam metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio e vapor de água. Sob altas temperaturas, e na presença de centelhas elétricas e raios ultravioletas, esses gases teriam se combinado, originando os aminoácidos, que ficariam flutuando na atmosfera. Com a saturação da umidade da atmosfera, formaram-se as primeiras chuvas, arrastando os aminoácidos para o solo. Submetidos ao aquecimento prolongado, os aminoácidos teriam se combinado uns com os outros em reação de desidratação, formando as proteínas.
As chuvas levariam essas proteínas para os mares primitivos, enriquecendo as águas com uma espécie de “sopa de proteínas”
Na água, as proteínas dissolvidas formaram os colóides, que se aglutinaram formando os coacervados.
Esses coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas, organizando-se em gotículas delimitadas por uma membrana lipoprotéica, surgindo assim às primeiras células.
Por serem estruturas muito simples, ainda não dispunham de um equipamento enzimático, capaz de realizar fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofos. Só mais tarde surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. Permitindo o aparecimento dos seres com respiração aeróbia.

As experiências de Miller e Fox
Oparin, não teve como provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chicago, realizou em laboratório a experiência, utilizando O aparelho de Miller.
Miller submeteu os gases primitivos, submetendo-os a faíscas elétricas. Depois de algum tempo obteve acumulo de orgânicas numa determinada região do aparelho, entre as quais aminoácidos.

Em 1957, baseado nos experimento de Miller, Sidney Fox, também norte-americano, aqueceu uma mistura seca de aminoácidos, e constatou a presença de proteinóides (molécula protéicas com poucos aminoácidos), numa evidencia de que os aminoácidos teriam se unido através de ligações peptídicas, numa síntese, por desidratação.


O surgimento dos autótrofos e aeróbios
Segundo os experimentos de Miller e Fox os primeiros seres teriam sido heterótrofos fermentativos.
Os mares puderam sustentar os heterótrofos ao longo de milhões de anos, tempo suficiente para que em alguns deles tivessem surgido moléculas capazes de absorver energia luminosa e um equipamento enzimático capaz de promover reações de síntese que culminariam com a transformação de moléculas simples em moléculas orgânicas complexas (fotossíntese). Segundo a hipótese heterotrófica, os principais fenômenos bioquímicos conhecidos surgiram na Terra na seguinte seqüência:

Fermentação ----> Fotossíntese -----> Respiração Aeróbica


A evolução das espécies

A biodiversidade. Que mecanismo propiciou essa imensa variedade de seres vivos?
Algumas teorias da evolução mostram como este fato foi possível:
- As espécies vivas são passíveis de modificações e, portanto podem sofrer alterações morfológicas.
- As espécies atuais surgiram de outras preexistentes.
- As diversas características de uma espécie, podem contribuir para sua adaptação as condições existentes num certo meio.
A evolução é um processo de mudança através do qual os seres vivos se diversificam, dando origem a novas espécies.

Fixismo ou crença na criação especial e Evolucuionismo
Atualmente não existem mais dúvidas de que os seres vivos descendem de ancestrais comuns. Os seres vivos, desde o aparecimento da vida na face da Terra até os dias atuais vêm se diversificando: novas espécies têm surgido e outras têm se extinguido.
Quanto ao processo evolutivo das espécies os sábios estavam divididos em duas correntes: os fixistas e evolucionistas.
Entre os fixistas, se destacavam Cuvier e Lineu, que não admitiam o fenômeno da evolução.
Segundo Cuvier, as espécies atuais já existem desde a origem do mundo, apenas justificando o desaparecimento de algumas, sugerindo a ocorrência de catástrofe periódica, que teriam abalado o planeta.
Lineu dizia que, as espécies são tantas quantas saíram das mãos do criador.
O fixismo é o nome que se dá à teoria que, defende a idéia de que todas as espécies de seres vivos foram criadas por inspiração divina tal e qual existem atualmente, isto é, que estas espécies não se modificaram desde a sua criação até os dias atuais.

O Evolucionismo
Os evolucionistas ou transformistas encontraram seus pontos fortes em Jean Baptista de Monet de Lamarck (1744 – 1829) e Charles Robert Darwin (1809 – 1822).

A Teoria de Lamarck
O Lamarquismo se fundamentava em dois princípios básicos:
- Os órgãos estariam sujeitos a hipertrofias a atrofias em decorrência do uso excessivo ou do seu desuso – Lei do Uso de do Desuso.
Essas alterações estruturais dos órgãos, adquiridas durante a vida, por influência do meio, seriam transmissíveis por hereditariedade.
Erros de Lamarck
Lamarck apontava o que sucede com os atletas de halterofilismo e com os paralíticos, onde no primeiro caso a musculatura por ser muito solicitada aumenta de tamanho, ao passo no segundo caso, não havendo se devido uso, ela se atrofia.
Os escritores, estudantes, costureiras e escultores teriam progressivamente a visão melhorada.
Outro erro foi de admitir que os caracteres adquiridos se transmitissem por hereditariedade.
Segundo ainda Lamarck, a girafa teria sido portadora, inicialmente de pescoço curto. Pelo hábito de se alimentar de folhas colhidas nas partes altas das árvores, teve o pescoço e os membros anteriores gradualmente alongados. Cada novo aumento teria sido transmitido a geração seguinte.


O Darwinismo
No século passado, dois naturalistas, Darwin e Alfred Russel Wallace, propuseram outra teoria sobre a evolução dos seres vivos. Darwin por apresentam uma maior documentação sobre a teoria da evolução, foi quem mais a defendeu.
Suas idéias foram publicadas no ano de 1859 no livro “A origem das espécies através da seleção natural”. A Teoria da evolução criada por Darwin é fruto de uma viagem, por 5 anos pela América do Sul e depois numa volta ao mundo, abordo do Beagle, navio de inspeção inglês.
Os princípios básicos propostos por Darwin e Wallace:
- Todo organismo produz uma grande quantidade de células reprodutoras, mas apenas algumas originam indivíduos que chegam à idade adulta.
- O número de indivíduos de uma espécie mantém-se mais ou menos constante no decorrer das gerações.
- Os indivíduos de uma mesma espécie não são todos idênticos, mas apresentam variações em todos os caracteres.
- É muito grande a taxa de mortalidade, nascem muito mais indivíduos do que os que atingem a maturidade.
- A transmissão de caracteres dos pais para os filho é um fato.
- Face a desproporção entre o crescimento da população e a quantidade de alimento disponível, os indivíduos empenham-se numa “luta pela vida”. – Baseado na Teoria de Thomas Malthus.
- Malthus afirmou que, as populações crescem numa progressão geométrica, enquanto as reservas alimentares para elas crescem segundo, numa progressão aritmética.
- Em face da desproporção entre o crescimento da população e quantidade de alimento disponível, os indivíduos empenham-se numa “luta pela vida”. No final dessa luta, seriam selecionados os mais fortes ou os mais aptos, decorrendo então a “seleção natural”.

Os erros de Darwin
1. Valeu-se das idéias Lamarquistas, no que se refere a passagem dos caracteres adquiridos. Pois não havia os conhecimentos dos genes e dos cromossomos, bem como a ocorrência de mutações. 2. A comparação feita com a teoria de Thomas Malthus entre população e alimento. As progressões geométrica e aritmética não são mais aceitas, ainda que se admita que as populações tenham uma taxa de crescimento não acompanhada pela produção de alimento.
3. A “luta pela vida” não se faz de indivíduo contra indivíduo, mas entre os indivíduos e o meio ambiente.


Darwin x Lamarck
O lamarckismo admite que características novas são adquiridas por imposição do ambiente, enquanto o darwinismo considera que as características já existentes são apenas selecionadas pelo ambiente. É na influência do ambiente que resiste a maior diferença entre as duas idéias. Entretanto, o darwinismo clássico é considerado incompleto, por não explicar as causas das variações existentes entre os componentes de uma certa população.


Mutacionismo (Neodarwinismo)
O mutacionismo foi criado por Hugo de Vvies (Holanda, 1848 –1935), a partir dos estudos feitos por Johann Gregor Mendel (Áustria, 1822 – 1884), que estabeleceu as bases da genética, dando condições reais para provar o mecanismo que provoca as variações nos indivíduos.
Inicialmente, corrige o grande erro da hipótese de Darwin, eliminando a hereditariedade dos caracteres adquiridos, mas se mantendo fiel à idéia da seleção natural.
As variações surgem nos indivíduos de uma espécie em conseqüência de alterações do material genético, transmitido de pai a filhos através dos gametas.
Os genes sofrem ou podem sofrer ocasionalmente modificações espontâneas, mas não provenientes de qualquer reação intencional do organismo a fim de se adaptar ao meio. “A mutação é um fenômeno acidental”, que pode tornar o indivíduo mais adaptado ao meio ou não.


A Teoria Sintética ou Moderna ou Neodarwinismo O mutacionismo como teoria não solucionou completamente o problema de explicar o mecanismo da evolução das espécies. A teoria moderna ou sintética, a mais completa, associa o conhecimento das mutações às idéias de luta pela vida e seleção natural, de Darwin, acrescentando a valorização do isolamento geográfico ou sexual.
A teoria sintética sustenta-se sobre os seguintes pontos:
- Mutação como fator de variação dentro da espécie.
- Acaso (nunca intencional)
- Luta pela vida (indivíduo x meio ambiente)
- Seleção natural e isolamento
A soma desses fatores deve responder pelo transformismo das espécies.
Entre os exemplos temos: - A Raça Âncon de carneiros (pernas curtas)
- A laranja baía (1870)
- Algumas mutações cromossomiais, com a síndrome de Down (1/1600), Klinefelter (1/500) e etc.
Os indivíduos como essas alterações não se reproduzem e, portanto, não se pode dizer que a alteração seja herdada.
Outro fator importante sobre a Teoria Sintética é o papel do isolamento
Se duas variedades de uma mesma espécie se mantêm isoladas geograficamente ou sexualmente, elas evoluem em sentidos diversos até um ponto em que as diferenças nos seus instintos sexuais, na sua anatomia ou mesmo na estrutura dos seus cromossomos passam a impossibilitar, o cruzamento ou reprodução entre elas. E se cruzarem, não dever ocorrer a fecundação. Se tal ainda se der, a prole resultará estéril.
Ex.
Cavalo + Jumento Þ Burro ou Mula (estéril)
As três raças humanas (branca, negra e mongólica), por não manterem isolamento sexual, têm-se mantido estáveis.


Variações nas Populações
Irradiação Adaptativa
É o processo de diferenciação progressiva que sofre os indivíduos de uma espécie, quando em populações isoladas umas das outras, permitindo que cada grupa se afaste do tipo original e dos demais grupos segregadores.
Uma vez isoladas por barreiras geográficas (cordilheiras, desertos, oceanos e etc), essas populações vão sofrendo mutações que somam independentemente em cada grupo, lentamente se diversificando.
Embora, todos os mamíferos atuais são descendentes de um tronco inicial (ancestral), a irradiação adaptativa permitiu que, ao longo de milhões de anos, eles se diversificassem.
A irradiação adaptativa está intimamente relacionada ao fenômeno das adaptações.

As adaptações são transformações não-intencionais que uma espécie sofre ao longo do tempo, produzidas por mutações que ocorrem ao acaso. Uma espécie pode se adaptar a temperatura, (criando pêlos para resistir ao frio), ao meio aquático (desenvolvendo nadadeira), à água salgada ou doce (aprimorando mecanismos de eliminação dos sais e água), à competição na luta
Um tipo especial de adaptação é a chamada adaptação convergente ou convergência, onde uma espécie sofre transformações que adaptam a um ambiente para o qual outras espécies também sofreram adaptações semelhantes.

Evidências evolutivas
A homologia
Os chamados órgãos homólogos são aqueles que apresentam a mesma origem embrionária, podendo desempenhar funções semelhantes ou não. Isto significa que diferentes organismos tiveram uma origem evolutiva comum. Como exemplos de órgãos homólogos, temos:
Braço humano, asas do morcego, nadadeiras anteriores do golfinho e patas anteriores do cavalo.
Os órgãos homólogos decorrem de uma irradiação adaptativa, em que um ancestral, desenvolve vários grupos que exibem linhas evolutivas divergentes.


A analogia
Os órgãos análogos são os que desempenham funções semelhantes, embora possam ter origem embrionária diferente.
Como exemplos de órgãos análogos, temos:
Nadadeiras da baleia e do tubarão. O fato de terem a mesma função não significa que tenham parentesco evolutivo.
Órgãos vestigiais
São órgãos que se mostram desenvolvidos e funcionalmente ativos em certos grupos de animais inativos (atrofiados) em outros.. Considera-se que os órgãos vestigiais revelam a existência de parentescos evolutivos entre espécies diferentes. Como exemplos, temos:
O apêndice vermiforme e o cóccix.

A genética no nosso dia a dia

Segundo o site http://www.brasilescola.com/biologia/genetica.htm:

A genética é o campo da biologia que estuda a natureza química do material hereditário, isto é, o mecanismo de transferência das informações contidas nos genes, compartilhados de geração em geração (dos pais para os filhos).
Além de auxiliar na identificação de anormalidades cromossômicas, ainda durante o desenvolvimento embrionário, promove em caráter preventivo e curativo a utilização de terapias gênicas como medidas corretivas.

A maior colaboração para a genética atual foi dada pelo monge Gregor Mendel, através de seus experimentos com ervilhas e a proposição de suas leis (segregação independente), mesmo antes de se conhecer a estrutura da molécula de DNA.

A enciclopédia virtual Wikpédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica) nos diz muito a respeito da genética. Segue alguns termos mencionados por este site da Wikipédia.

Genética (do grego genno; fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente aplicado para descrever o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista William Bateson numa carta dirigida a Adam Sedgewick, da data de 18 de Abril de 1908.
Os humanos, já no tempo da pré-história utilizavam conhecimentos de genética através da domesticação e do cruzamento seletivo de animais e plantas. Atualmente, a genética proporciona ferramentas importantes para a investigação das funções dos genes, isto é, a análise das interacções genéticas. No interior dos organismos, a informação genética está normalmente contida nos cromossomos, onde é representada na estrutura química da molécula de DNA.
Os genes, em geral, codificam a informação necessária para a síntese de proteínas, no entanto diversos tipos de gene não-codificantes de proteínas já foram identificados, como por exemplo genes precursores de microRNAs (miRNA) ou de RNAs estruturais, como os ribossômicos. As proteínas, por sua vez, podem atuar como enzimas (catalisadores) ou apenas estruturalmente, funções estas diretamente responsáveis pelo fenótipo final de um organismo. O conceito de "um gene, uma proteína" é simplista e equivocado: por exemplo, um único gene poderá produzir múltiplos produtos (diferentes RNAs ou proteínas), dependendo de como a transcrição é regulada e como seu mRNA nascente é processador pela maquinaria de splicing.

História

Em 1866, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez os padrões de hereditariedade de algumas características existentes em ervilheiras, mostrando que obedeciam a regras estatísticas simples. Embora nem todas as características mostrem estes padrões de hereditariedade mendeliana, o trabalho de Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia ser de grande utilidade.
A partir da sua análise estatística, Mendel definiu o conceito de alelo como sendo a unidade fundamental da hereditariedade. O termo "alelo" tal como Mendel o utilizou, expressa a ideia de "gene", enquanto que nos nossos dias ele é utilizado para especificar uma variante de um gene.
Só depois da morte de Mendel é que o seu trabalho foi redescoberto, entendido (início do século XX) e lhe foi dado o devido valor por cientistas que então trabalhavam em problemas similares.
Mendel não tinha conhecimento da natureza física dos genes. O trabalho de Watson e Crick em 1953 mostrou que a base física da informação genética eram os ácidos nucléicos, especificamente o DNA,[4] embora alguns vírus possuam genomas de RNA. A descoberta da estrutura do DNA, no entanto, não trouxe imediatamente o conhecimento de como as milhares de proteínas de um organismo estaria "codificadas" nas seqüências de nucleotídeos do DNA. Esta descoberta crítica para o surgimento da moderna Biologia Molecular só foi alcançada no começo da década de 1960 por Marshall Nirenberg, que viria a receber o Nobel em 1968, assim como Watson e Crick cinco anos antes. A manipulação controlada do DNA (Engenharia Genética) pode alterar a hereditariedade e as características dos organismos.
Mendel teve sucesso onde vários experimentadores falharam devido que também faziam cruzamentos com plantas e com animais falharam totalmente. O fracasso desses pesquisadores explica-se pelo seguinte: eles tentavam entender a herança em bloco, isto é, considerando todas as características do individuo ao mesmo tempo; não estudavam uma característica de cada vez, como fez Mendel. Somente quando se compreendia o mecanismo de transmissão de certa característica é que Mendel se dedicava a outra, verificando se as regras valiam também nesso caso. O sucesso de Mendel deveu-se também a algumas particularidades do método que usava: a escolha do material, a escolha de características constantes e o tratamento dos resultados. Além de ele ter escolhido ervilhas para efetuar seus experimentos, espécie que possui ciclo de vida curto, flores hermafroditas o que permite a autofecundação, características variadas e o método empregado na organização das experimentações eram associados à aplicação da estatística, estimando matematicamente os resultados obtidos.

Cronologia de descobertas importantes

Áreas da genética

 Genética clássica

A Genética clássica consiste nas técnicas e métodos da genética, anteriores ao advento da biologia molecular. Depois da descoberta do código genético e de ferramentas de clonagem utilizando enzimas de restrição, os temas abertos à investigação científica em genética sofreram um aumento considerável. Algumas ideias da genética clássica foram abandonadas ou modificadas devido ao aumento do conhecimento trazido por descobertas de índole molecular, embora algumas ideias ainda permaneçam intactas, como a hereditariedade mendeliana. O estudo dos padrões de hereditariedade continuam ainda a ser uma ferramenta útil no estudo de doenças genéticas,como a Neurofibromatose.

Genética molecular

A genética molecular tem as suas fundações na genética clássica, mas dá um enfoque maior à estrutura e função dos genes ao nível molecular. A genética molecular emprega os métodos quer da genética clássica (como por exemplo a hibridação) quer da biologia molecular. É assim chamada para se poder distinguir de outros ramos da genética como a ecologia genética e a genética populacional. Uma de suas aplicações consiste no estudo da mutação e variação de cepas de bactérias. Uma área importante dentro da genética molecular é aquela que usa a informação molecular para determinar os padrões de descendência e daí avaliar a correta classificação científica dos organismos: chamada sistemática molecular.
O estudo das características herdadas e que não estão estritamente associadas a mudanças na sequência do DNA dá-se o nome de epigenética.
Alguns autores defendem que a vida pode ser definida, em termos moleculares, como o conjunto de estratégias que os polinucleótidos de RNA usaram e continuam a usar para perpectuar a eles próprios. Esta definição baseia-se em trabalho dirigido para conhecer a origem da vida, estando associada à hipótese do RNA.

Genética populacional, genética quantitativa e ecologia genética

A genética populacional, a genética quantitativa e a ecologia genética são ramos próximos da genética que também se baseiam nas premissas da genética clássica, suplementadas pela moderna genética molecular.
Estudam as populações de organismos retirados da natureza mas diferem de alguma maneira na escolha do aspecto do organismo que irão focar. A disciplina essencial é a genética populacional, que estuda a distribuição e as alterações das frequências dos alelos que estão sob influência das forças evolutivas: selecção natural, deriva genética, mutação e migração. É a teoria que tenta explicar fenómenos como a adaptação e a especiação.
O ramo da genética quantitativa, construído a partir da genética populacional, tenciona fazer predições das respostas da selecção natural, tendo como ponto de partida dados fenotípicos e dados das relações entre indivíduos.
A ecologia genética é por sua vez baseada nos princípios básicos da genética populacional, mas tem o seu enfoque principal nos processos ecológicos. Enquanto que a genética molecular estuda a estrutura e função dos genes ao nível molecular, a ecologia genética estuda as populações selvagens de organismos e tenta deles recolher dados sobre aspectos ecológicos e marcadores moleculares que estes possuam.

Genómica

A genómica é um desenvolvimento recente da genética. Estuda os padrões genéticos de larga escala que possam existir no genoma (e em todo o DNA) de uma espécie em particular. Este ramo da genética depende da existência de genomas completamente sequenciados e de ferramentas computacionais desenvolvidas pela bioinformática que permitam a análise de grandes quantidades de dados.

Disciplinas relacionadas

O termo "genética" é vulgarmente utilizado para denominar o processo de engenharia genética, em que o DNA de um organismo é modificado para se obter uma utilidade prática. No entanto, a maior parte da investigação em genética é direccionada para a explicação do efeito dos genes no fenótipo e para o papel dos genes nas populações.

Aplicações da genética

  • Prevenção (aconselhamento genético) e tratamento de doenças como asma, e câncer.
  • A terapia genética permite substituir genes doentes por genes sãos, ou mesmo eliminar os genes doentes.
  • Optimização do bem-estar e sobrevivência do indivíduo.
  • Intervenções terapêuticas definidas de acordo com o perfil genético do doente, o que faz com que a probabilidade de sucesso de tratamento seja maior.
As aplicações acima descritas fazem parte da genética médica outras utilizações da genética humana estão relacionadas à medicina legal e criminologia, a saber: reconhecimento de tecidos, reconhecimento de identidade através de características genéticas em especial as impressões digitais (dactiloscopia) e o exame de DNA seja para identificação de paternidade, de vítimas de sinistros ou de potenciais homicidas.
Tão importantes para humanidade quanto a genética médica são as aplicações dessa ciência ao melhoramento animal e vegetal. Sabemos que a genética praticamente se iniciou com a domesticação de animais (fase pré-científica) e com os estudos de genética vegetal de Mendel contudo vivemos um impasse ainda não bem dimensionado pela comunidade científica que é a produção de Organismos Geneticamente Modificados ou Transgênicos, cujo impacto sobre o meio ambiente e mesmo sobre as estabilidade do DNA ainda não é de todo conhecida.
Outra aplicação dessa ciência vem de sua associação à epidemiologia (epidemiologia genética) e toxicologia (tóxicogenética e radiogenética) na medida em que produzem estratégias de identificar os agentes mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos que ameaçam a saúde das comunidades humanas e integridade dos ecossistemas.

Genética Médica

Exemplo de diagrama de pedigree genético usando a numeração de Ahnentafel
A Genética Médica, embora utilize os conhecimentos das demais áreas, lida especificamente com as doenças genéticas, incluindo a Genética Clínica, que é o atendimento ao paciente com doenças genéticas, sua família, e a realização do aconselhamento genético. A Genética Médica procura entender como a variação genética é relacionada com a saúde humana e suas doenças. Ao procurar um gene desconhecido que pode estar envolvido numa doença, os investigadores usam geralmente a genética de ligação e diagramas de pedigrees genéticos para encontrar a localização no genoma associada com a doença. Ao nível da população, os pesquisadores tomam vantagem da randomização mendeliana para procurar locais no genoma que estão associados a doenças, um método especialmente útil para traços multigênicos não definidos claramente por um único gene.
Os distúrbios genéticos podem ser inicialmente classificados em 4 grandes grupos: monogênicos, multifatoriais, cromossômicos e mutações somáticas. A Herança multifatorial é aquela em que o fenótipo ocorre pela determinação genética e de fatores do meio ambiente. A susceptibilidade genética ocorre quando genes propiciam a aquisição ou desenvolvimento de caracteres (ou doenças) determinadas por fatores do meio ambiente. A determinação da susceptibilidade pode ser monogênica ou poligênica, nesta última havendo limiares para determinação fenotípica. A maioria das doenças genéticas são doenças gênicas, isto é, determinadas por mutações em um gene, cujo efeito primário é a formação de uma proteína modificada ou supressão da síntese de determinada proteína, entretanto, na maior parte dessas doenças o efeito primário não é conhecido e a etiologia genética é reconhecida pelo fato de a doença ser hereditária (transmitida de geração a geração) ou de ser mais frequente em determinados grupos populacionais.
A distribuição dos genes nas famílias e populações é objeto de estudo da genética de populações. As doenças geneticamente determinadas nas quais conhecemos a alteração bioquímica, são conhecidas como erros inatos do metabolismo e estudadas pela genética bioquímica. As cerca de 3000 doenças que apresentam herança monogênica, podem em alguns casos ser tratadas pela correção dos distúrbios metabólicos, mas aa sua maioria não tem tratamento no momento. Contudo, o estudo e identificação dos genes responsáveis por essas doenças e a busca de metodologia para modificar o DNA (terapia gênica) de grande interesse da genética molecular, incluindo-se aí o Projeto Mundial "Genoma Humano" que pretende decifrar todo o código genético da espécie humana na próxima década.
A metodologia de investigação nas doenças decorrentes de mutações envolve a identificação de proteínas, produtos de degradação ou metabólitos de vias alternativas através de análises bioquímicas e a análise do ADN, que permite a identificação da região alterada. Os genes estão contidos nos cromossomos, organelas que se individualizam durante a divisão celular. Na espécie humana o número diploide de cromossomos é 46, sendo 22 pares de autossomos e 1 par de cromossomos sexuais, XX na mulher e XY no homem. Cada cromossomo contém centenas de genes, sendo o total do genoma humano composto por cerca de 50.000 genes estruturais, além de genes reguladores. Quando ocorrem aberrações cromossômicas, isto é perda ou excesso de cromossomos inteiros ou de segmentos de cromossomos (visíveis ao microscópio ótico), há perda ou excesso de vários genes, ocorrendo numerosas modificações fisiopatológicas.[19] Estudamos as aberrações cromossômicas na área de citogenética.
A análise do cariótipo humano é rotineiramente realizada nos linfócitos, sendo para isso colhida amostra de sangue periférico, mas também pode ser realizada nas células das vilosidades coriônicas, nas células de descamação fetal presentes no líquido amniótico, em fibroblastos ou em qualquer célula nucleada que possa ser cultivada in vitro. Por não compreendermos a fisiopatologia dessas doenças, não há ainda tratamento específico, apenas terapias paliativas. A realização de programas de aconselhamento genético, prevenção e diagnóstico pré-natal ainda são a única opção disponível para diminuir a frequência de crianças portadoras de doenças geneticamente determinadas.

Geneticistas Brasileiros

Publicações


Referências

  1. Robinson, Tara Rodden. Genetics for Dummies (em inglês). Hoboken, NJ: Wiley Publishing, 2005. 364 p. p. 9. ISBN 978-0-7645-9554-7
  2. Robinson, Tara Rodden. Genetics for Dummies (em inglês). Hoboken, NJ: Wiley Publishing, 2005. 364 p. p. 327. ISBN 978-0-7645-9554-7
  3. Willett, Edward. Genetics Desmystified (em inglês). New York: McGraw-Hill, 2006. 210 p. p. 2-4. ISBN 0-07-145930-8
  4. Hart, Daniel L.; Jones, Elizabeth W.. Genetics: Principles and Analysis. 4ª ed. Sudbury, Massachusetts: Jones and Bartlett Publishers, 1998. p. 177-182. ISBN 0-7637-0489-X
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